.png?w=730)
João Bibar, head da Pede Pronto (Foto: Divulgação)
A Alelo, bandeira especializada em benefícios, incentivos e gestão de despesas corporativas do Bradesco e Banco do Brasil, deve apostar na expansão do Pede Pronto, seu aplicativo do segmento gastronômico que abrange delivery e retiradas de pedidos, a partir de outubro.
A meta é chegar a 100 cidades, além de marcar presença em todas as capitais brasileiras, até o fim deste ano.
No período, a empresa também pretende ultraar um milhão de usuários, se fazer presente em 10 mil estabelecimentos e registrar mais de um milhão de pedidos.
Atualmente, o serviço atende 45 cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, com 300 mil usuários e 4 mil estabelecimentos cadastrados. Em 2022, já foram realizados 500 mil pedidos.
De acordo com o site NeoFeed, o objetivo é criar fôlego para competir com o iFood, líder do segmento no Brasil. O gigante atua em 1,7 mil cidades que abrangem 40 milhões de clientes, responsáveis pela geração de 70 milhões de pedidos mensalmente.
O braço de delivery da Alelo, no entanto, não adota as mesmas práticas de seu concorrente. Enquanto o iFood realiza as entregas através de motoboys parceiros, a Pede Pronto conta com empresas.
Segundo Márcio Alencar, diretor de estratégia digital, marketing e negócios da Alelo, a empresa pretende atingir cerca de 10% a 15% de participação do mercado nos próximos três ou quatro anos.
Para atingir as metas estabelecidas, a Pede Pronto pretende usar justamente a força da Alelo, que possui uma cartela com mais de 10 milhões de clientes e 150 mil empresas. O aplicativo de delivery está disponível, inclusive, dentro do app Meu Alelo, onde ficam os cartões de benefícios da marca.
A estrutura comercial da rede de benefícios também será aproveitada em todas as praças em busca de parcerias, com foco em restaurantes com capilaridade nacional. Até agora, a Pede Pronto já possui acordos com marcas como Madero, Jerônimo, Giraffas e Vivenda do Camarão.
Agora, a empresa busca firmar parcerias com a Habib’s, Ragazzo e Tendall a fim de utilizar sua carteira digital e atuar em restaurantes exclusivos do iFood em delivery, bem como alavancar o número de usuários na plataforma, visto que, anualmente, as três redes registram 70 milhões de transações em todas suas modalidades de consumo.
Com isso, o aplicativo deve alcançar quase 600 lojas, oferecer descontos exclusivos e a possibilidade de usar a carteira digital do serviço de delivery.
Conforme revelou Rafael Polachini, diretor de marketing do Habib’s, haverá “um calendário de descontos de quatro meses e o acordo envolve pagamentos apenas para clientes que compram no salão, drive through e take away”.
Em 2020, a Alelo já havia tentado uma inserção no segmento comprando a Onyo, uma empresa de gestão de pedidos take away, como estratégia para ser usada em praças de alimentação em conjunto com os cartões da Alelo.
Com a chegada da pandemia, o negócio não foi para frente e a empresa mudou de nome.
Em 2021, os pedidos realizados semanalmente por aplicativo subiram 25,6% em relação ao período pré-pandêmico, e os diários, 7,9%, tornando o mercado altamente atrativo.
Apesar desse boom que o isolamento social causou no setor de delivery, algumas redes têm enfrentado problemas no Brasil diante da concorrência.
Recentemente, o Uber Eats, braço de entregas da Uber, parou de atuar no Brasil em razão de não conseguir competir com o iFood por conta dos acordos de exclusividade da plataforma.
O Rappi, por sua vez, alegou ao Conselho istrativo de Defesa Econômica (Cade) que o iFood não cumpre a decisão do órgão que o impede de fechar novas parcerias exclusivas.