
Rene Almeida, co-CEO Voke. Foto: Douglas Costanzo.
A Agasus Microcity, empresa criada em 2021 a partir da compra da Microcity pela Agasus, agora se chama Voke.
O novo nome vem como parte de um projeto de rebranding da empresa, que afirma ser líder no mercado nacional de locação de equipamentos de TI, ou, para usar uma denominação mais charmosa, hardware as a service (HaaS).
(Voke vem do verbo inglês “provoke”, ou provocar, em linha com um posicionamento de marca focado em instigar mudanças, explica a empresa em nota).
Em 2022, a companhia atingiu faturamento de R$ 422 milhões, um crescimento de 225% sobre 2021, do qual uma boa parte pode ser atribuída à compra da Microcity, um player tradicional, fundado ainda nos anos 80.
Além da Microcity, a Agasus já havia comprado em 2020 a JR1 Informática, atuante no mercado de revenda de equipamentos seminovos.
Hoje, a empresa tem 700 colaboradores, cobertura em 4,2 mil municípios e atende clientes como Pague Menos, Whirlpool, Piay, Brinks, Hypera, Riachuelo, Claro e HDI.
“Já somos uma empresa com portfolio “one-stop-shop” e entendemos que todas as operações que se juntaram à, agora, Voke, fazem sentido para continuarmos nessa direção de oferecer uma solução mais completa aos nossos clientes”, afirma o co-CEO Rene Almeida.
De acordo com Almeida, a meta é chegar a 1 milhão de equipamentos locados até 2030.
As compras foram embaladas com dinheiro do fundo de investimentos 220 Capital, que adquiriu o controle da companhia em 2019, além de emissões posteriores de debêntures.
Na primeira emissão de debêntures, que resultou na captação de R$ 50 milhões, em fevereiro de 2020, a Agasus também visava usar os recursos para investir na aquisição de equipamentos.
O timing da emissão não podia ser melhor. No mês seguinte, explodiu a pandemia do coronavírus, o que aumentou muito a demanda por locação de equipamentos, na medida em que muitas empresas mandaram milhares de funcionários trabalharem de casa de uma hora para outra.
Outro fator que catalisou a aceleração da Agasus foi a falta de equipamentos novos em alguns momentos do ano, dadas as rupturas de fornecimento, além da alta na cotação do dólar, dois incentivos para alugar equipamentos no lugar de comprar.
Em setembro de 2021, a empresa captou outros R$ 120 milhões, também em debêntures.