
Algumas empresas já usam tablets com dados dos ageiros. Foto: flickr.com/photos/caribb.
As companhias aéreas estão buscando mais informações sobre seus clientes com o propósito de entender melhor seus desejos, preferências e necessidades. Logo as empresas poderão saber sobre os assentos em que os ageiros gostam de viajar ou se suas malas foram extraviadas na viagem anterior, de acordo com The Wall Street Journal.
Essa nova tendência irá contribuir, também, com ações de marketing. "Os dados são a chave para quase tudo que estamos fazendo", disse ao jornal Maya Leibman, diretora de TI da American Airlines.
A companhia fornece dados para seus agentes no aeroporto e os encarregados do serviço de bordo, o que inclui a conta corporativa, as milhas e as viagens recentes com a empresa.
Porém, por medo de violar a privacidade, os comissários foram proibidos de salvar a maior parte dos dados, como o que o cliente gosta de comer no café da manhã durante os voos.
Tanto a American Airlines, quanto a British Airways, United Continental Holdings e a JetBlue Airways estão utilizando banco de dados digitais unificados para cruzar informações e usar identificadores únicos, como número no programa de fidelidade ou o e-mail.
"Nós temos um sistema que pode informar onde os cinco principais clientes estão no avião", informou ao Wall Street Dave O'Flanagan, diretor-presidente da Boxever, que analisa dados para três aéreas.
A United Airlines está cruzando seus 3,5 petabytes de dados, enquanto reformula seu website, seus quiosques e aplicativos móveis. Afinal, segundo Jeffrey Foland, vice-presidente executivo de marketing, tecnologia e estratégia, as vendas dos assentos classificados como "economy-plus" têm crescido desde que a companhia começou a usar os dados para direcioná-los a ageiros mais propensos a comprá-los.
A JetBlue Airways mune seus comissários com iPads mini para ter o a informações pessoais como aniversários e aniversários de casamento. A British Airways pode adicionar ao cadastro do ageiro se ele tem medo de voar.
Outro exemplo é a Qantas que disponibiliza para seus funcionários tablets para troca de dados em tempo real, para adicionar se o cliente já fez a refeição no aeroporto e não deseja ser incomodado durante o trajeto.
Essa empresa perguntou aos ageiros o que eles achavam desse tipo de iniciativa e a maioria informou que gostariam que as informações fosse usadas para algo útil, mas que não queriam ter sua privacidade invadida.
Será que os ageiros concordam com essa tendência?