
Leandro Torres.
A Accenture comprou a Organize, companhia brasileira que está entre as maiores parceiras ServiceNow, da multinacional americana de software de gerenciamento de serviços na nuvem.
Com a aquisição, a Accenture reforça a sua própria operação de ServiceNow no Brasil, assim como a sua prática global.
Fundada em 2014 por Leandro Torres, um ex-diretor da Service IT, uma das maiores integradoras de tecnologia do país, a Organize apostou cedo na ServiceNow.
A ServiceNow abriu as portas no Brasil em 2012 e contratou uma country manager em 2015.
A Organize foi galgando posições no programa de canal, sendo sempre a primeira empresa brasileira nas diferentes fases, até chegar no nível máximo, no qual estão poucas dezenas de empresas no mundo.
“Temos orgulho de um time que cresceu e consolidou o conhecimento sobre a plataforma ServiceNow no mercado brasileiro. Agora, como Accenture, portfólio e presença geográfica se expandem absurdamente, trazendo capacidade de realização pessoal e profissional ainda maior”, afirma Leandro Torres, fundador da Organize Cloud Labs.
Torres é agora líder da prática de ServiceNow da Accenture Technology na América Latina.
A empresa tem sede em São Paulo e 162 funcionários com perfis listados no Linkedin, tendo realizado 50 implementações em clientes como Grupo Votorantim, Saint-Gobain e TV Globo.
No começo de 2018, a Stefanini entrou no grupo de canais, até então dominado por empresas pequenas na categoria de entrada do programa, a Organize como player nacional e grandes parceiros globais como Accenture, Deloitte e IBM nos níveis superiores. Ao todo, a Servicenow tem 30 parceiros no país.
“Esta aquisição aumenta nossa liderança na América Latina e fortalece a Accenture como líder global do ecossistema de ServiceNow”, comenta Leonardo Framil, presidente da Accenture para o Brasil e América Latina.
O ecossistema Servicenow está em alta. Fundada em 2004, a empresa vem crescendo na faixa dos 30% por ano, tendo fechado o 2019 com um receita de US$ 3,46 bilhão.
Um indicador importante que Servicenow costuma frisar é a quantidade de negócios fechados acima de US$ 1 milhão, o que indica uma penetração no segmento corporativo. Eles foram 892 em 2019, uma alta de 32%.
Recentemente, a companhia contratou para a posição de CEO um executivo de calibre: Bill McDermott, ex-CEO da SAP.
McDermott chegou com retórica ribombante, falando em transformar a Servicenow em nada menos que “a empresa de software definitiva do século 21” e uma meta de atingir US$ 10 bilhões de receita no curto prazo.