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Empresa foi responsável por cerca de 5,6% de toda atividade turística direta no país em 2021 (Foto: Divulgação)
O Airbnb gerou um faturamento de US$ 4 bilhões (aproximadamente R$ 20,5 bilhões na cotação atual) no Brasil em 2021.
Segundo as contas de um estudo da Oxford Economics encomendado pela empresa, o valor representa cerca de 5,6% de toda atividade turística direta no país no período.
O dado, nunca antes revelado pelo Airbnb, é o mais chamativo de uma chuva de informações sobre a importância da plataforma para o turismo brasileiro.
Os gastos de hóspedes da plataforma, por exemplo, chegariam a US$ 1,9 bilhão e gerariam 101 mil empregos no país, responsáveis por US$ 1,1 bilhão em remunerações.
Isso porque, a cada US$ 10 gastos em acomodações, os hóspedes desembolsaram US$ 52 adicionais em outros negócios, como entretenimento, alimentação e transporte, ao longo de suas viagens.
O Airbnb havia parado de divulgar dados sobre o impacto econômico da sua operação com a pandemia do coronavírus.
As informações ganham agora uma nova importância, porque a plataforma está em um momento conturbado, com ameaças ao seu modelo de negócios no país.
De acordo com o site especializado Jota, em 2021 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu pela proibição do aluguel de imóveis pelo Airbnb em condomínios residenciais frente à não aceitação de ao menos dois terços dos moradores.
Além disso, foi estabelecido que locações por prazos inferiores a 90 dias configuram hospedagem remunerada, transformando o imóvel em comercial em detrimento de residencial.
Em nota ao site Jota, a empresa declarou que “proibir ou restringir a locação por temporada viola o direito constitucional de propriedade de quem coloca o seu imóvel para alugar”. A tendência é que a polêmica chegue ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Outro problema são as queixas e alertas que têm aparecido neste mês ao redor de golpes que vêm atingido os usuários da plataforma.
Como aponta o FDR, os golpistas criam sites falsos que simulam a plataforma, com identidades visuais semelhantes, levando o usuário a pagar por uma reserva inexistente.
Para tanto, o contato inicial se dá no próprio Airbnb e segue até ser transferido para e-mails. No processo, o golpista obtém os dados do hóspede, simulando ainda uma página de políticas de proteção em eventuais cancelamentos de contrato.
Surgido em 2007 em São Francisco, na Califórnia, o Airbnb chegou ao Brasil em 2012.
Desde sua criação, a plataforma já registrou mais de 4 milhões de anfitriões que já receberam mais de 1 bilhão de hóspedes em mais de 220 países e regiões.