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Claudio Elsas. Foto: divulgação.
Claudio Elsas e Frank Dorr, dois nomes experientes no mundo SAP, assumiram o desafio de fazer decolar no Brasil a presença da MSG, uma parceria de peso da alemã hoje sem uma presença significativa no país.
Tanto Elsas como Dorr vêm da Infosys, onde o primeiro foi country manager e o segundo, chefe da divisão SAP da multinacional indiana para América Latina.
Ambos entraram na Infosys quando ela comprou, em 2012, a consultoria SAP suíça Lodestone, cuja operação brasileira foi montada anos antes pelos dois. Os dois profissionais estão no mercado SAP desde os anos 90.
No último ano, a MSG já contratou 18 pessoas no país. Os novos nomes incluem quatro vice-presidentes e uma head de recursos humanos, todos com um perfil similar: ex-Infosys e com uma experiência prévia de duas décadas em software corporativo.
A ideia agora é seguir contratando consultores, chegando a uma equipe de 100 nos próximos 12 meses, um salto significativo para uma empresa que até recentemente tinha três funcionários no país.
“Temos experiência quando o assunto é montar uma empresa do zero, como se fosse uma startup”, afirma Elsas, destacando o exemplo da criação da operação brasileira Lodestone, que na época fechou contratos de grande porte no país.
E quem é a MSG, afinal? A MSG é uma empresa alemã que está no mercado SAP desde o começo, nos anos 80, atuando inclusive no desenvolvimento de produtos vendidos pela SAP para a área financeira e de seguros.
A empresa tem 8 mil funcionários e faturamento anual na casa do € 1 bilhão, mas só a partir de 2006 começou uma expansão para fora dos mercados da Alemanha, Áustria e Suíça (a operação global é separada e fatura na casa dos € 100 milhões).
Entre 2013 e 2014, a empresa esteve envolvida em um projeto no Instituto de Resseguros do Brasil, uma das maiores empresas do segmento de resseguros, mas a presença brasileira não chegou a evoluir.
É um cenário que Elsas e Dorr querem mudar, com uma estratégia gradual, abrindo portas com alguns módulos da MSG e evoluindo dentro dos clientes para projetos maiores de implementação de ERP e sustentação de aplicações (AMS, na sigla em inglês).
O principal produto é o PAPM, uma solução com aplicações variadas, como projeção de rentabilidade, gerenciamento de custos de TI, e, mais recentemente, cálculo da chamada “pegada de carbono”.
Esse último é importante, na medida em que a sustentabilidade ganha força e muitas empresas têm divulgado planos de “zerar emissões”, compensado o CO2 gerado pelas suas operações. O tema foi um dos focos principais do último evento mundial da SAP.
“Esse produto é um best seller fora do país, acredito que vamos fechar muitos contratos rapidamente”, adianta Dorr, destacando que outras soluções incluem um software voltado para o compliance das regras do IFRS 17, que está para entrar em vigor, e outra solução específica para o segmento de carnes.