NUVEM PÚBLICA

Banco do Brasil: duas empresas migram para OCI 1v3810

Assim como AWS e Microsoft, Oracle também tem seu pezinho em Brasília. 1w2b37

03 de maio de 2023 - 18:24
Fred Queiroz Filho, diretor de produtos e tecnologia da Brasilcap. Foto: divulgação.

Fred Queiroz Filho, diretor de produtos e tecnologia da Brasilcap. Foto: divulgação.

A Brasilcap e a BB Tecnologia e Serviços, duas empresas vinculadas ao Banco do Brasil, fizeram migrações recentes para a Oracle Cloud Infrastructure (OCI) e participaram do Oracle CloudWorld, evento global da marca que teve edição em São Paulo na última semana.

No caso da Brasilcap, focada no mercado de capitalização, a empresa tinha o seu ambiente legado de sustentação em uma infraestrutura on premise há mais de 20 anos. Isso inclui servidores de aplicação, servidores do SAP, ambiente de backup, servidores e ambientes de bancos de dados. 

Ao perceber que a opção estava consumindo muito mais recursos do que o desejado, o time avaliou qual seria a melhor solução e decidiu migrar para a nuvem da Oracle.

“A complexidade de um trabalho desse é muito grande, mas nós sabíamos que era necessário. Exigiu muita avaliação prévia. Nós tínhamos vários desafios, como o de não mexer nas nossas aplicações”, conta Fred Queiroz Filho, diretor de produtos e tecnologia da Brasilcap.

A migração levou 12 meses, entre 2021 e 2022, período em que foi preciso sincronizar o ambiente físico com a nuvem sem a empresa parar por nenhum dia.

“O planejamento permitiu que nós cumpríssemos quase que fielmente todas as etapas. A fase de manutenção foi o fim de semana da migração em si, de desligar o ambiente físico e ligar o ambiente cloud de uma sexta para um domingo à noite. E funcionou sem nenhum percalço. Claro que alguns aram três noites sem dormir, mas funcionou”, conta Queiroz. 

Após quase um ano de ambiente consolidado, o diretor destacou como melhorias um maior poder de processamento, maior estabilidade nas aplicações, redução de ociosidade e melhor experiência do usuário por conta da melhora dos tempos de resposta. 

“Nós tivemos redução do tempo de processamento e, com isso, informações sendo geradas mais rapidamente para toda a companhia. Hoje, às 7 horas da manhã, nós estamos com todos os relatórios, todas as informações prontas, situação que a gente não vivia anteriormente”, destaca Queiroz.

Apesar disso, o executivo acredita que a maior vantagem da migração foi sair do modelo de custo fixo para a capacidade modular, que pode ser gerenciada de acordo com as necessidades.

Com a migração, a Brasilcap buscou uma nova solução de backup com a Oracle e também ou a rodar o sistema SAP na OCI.

“Não foi um ativo que a gente tinha colocado dentro do projeto, mas aproveitamos porque iríamos ter um ganho significativo nisso. Nós não migramos para o ambiente cloud da SAP em nenhum sistema, mas estamos rodando com SAP na OCI. Então, é um ambiente híbrido nesse sentido”, explica Queiroz.

A Brasilcap está há mais de 30 anos no mercado e tem caráter de economia mista, contando com a BB Seguros como acionista. A empresa é líder no segmento em termos de reservas, detendo quase um terço (R$ 10 bilhões) do mercado de capitalização.

Em 2022, a companhia faturou R$ 6 bilhões e distribuiu R$ 57 milhões de prêmios, contando com mais de 3 milhões de clientes ativos. Seu carro chefe é o Ourocap, título de capitalização tradicional do BB.

MIGRAÇÃO DE APLICAÇÕES NA BBTS

Já a BBTS, empresa de Tecnologia da Informação do banco, migrou as aplicações Peoplesoft e Oracle E-Business Suite (EBS), que estavam na Oracle Exadata on premise, para a OCI em 2022.

Agora, a companhia está com um projeto piloto para também migrar o PSIM, sistema desenvolvido internamente para fazer toda a recepção de mais de 100 mil câmeras instaladas nas agências do Banco do Brasil. 

A infraestrutura que a o software hoje está em dois data centers, um em Brasília e outro em São Paulo.

“Esse é o nosso grande desafio para esse ano. O PSIM hoje é uma solução que atende o Banco do Brasil, mas ela tem mercado, queremos atender outros bancos. E só vamos conseguir escalar com os benefícios da nuvem”, explica Gustavo José, diretor de tecnologia e desenvolvimento de soluções da BBTS.

A ideia é que o sistema esteja em alta disponibilidade entre os sites de Vinhedo e de Guarulhos, além de ter uma cópia segura para prevenção a um eventual ciberataque. 

Outra aposta da empresa é a microssegmentação de serviços para obter os melhores benefícios de uso da cloud. 

“Para fazer um bom uso da nuvem, a gente tem que ter adaptações preparadas para rodar nela e ter um bom gerenciamento. Senão ela fica mais cara do que o on premise. Nossa equipe tem uma alta maturidade no gerenciamento de nuvem, então estamos tranquilos de que vamos ser bem sucedidos quanto a esse movimento”, afirma José.

A BBTS tem origem em 1974, quando ainda se chamava Cobra Tecnologia. A empresa foi comprada pelo Banco do Brasil e mudou de nome em 2013. Hoje, fatura mais de R$ 1 bilhão por ano e tem 7 mil funcionários, sendo 3,2 mil do quadro próprio. 

Seu maior cliente é o próprio BB. A empresa fornece a manutenção para todos os terminais de autoatendimento do banco, em 3,4 mil municípios. Além disso, todos os equipamentos das agências bancárias, com exceção do ar condicionado, são mantidos pela BBTS.

A companhia também é responsável pelo outsourcing de telefonia para o banco, bem como soluções de cobrança, além de desenvolver softwares. 

NUVEM A MIL EM BRASÍLIA

Nos últimos tempos, tem chamado a atenção o movimento dos players de nuvem em direção ao setor público. A AWS e a Microsoft, dois dos maiores da área, estão a mil em Brasília, organizando grandes eventos voltados para a área de governo.

Recentemente, a Microsoft organizou um curso sobre inteligência artificial para 100 gestores de 38 órgãos diferentes na capital federal.

No dia 9 de maio, virá a resposta da AWS, com o AWS Public Sector Symposium, um evento voltado para o setor público que será realizado pela primeira vez na América Latina. 

A Microsoft e a AWS parecem estar fazendo uma “ofensiva de charme”, visando convencer a máquina pública de que é uma boa ideia migrar o processamento de dados do governo para nuvens públicas, de preferência a própria.

Já a Oracle tem a maioria desses clientes em soluções de cloud privada que, segundo Alexandre Maioral, presidente da companhia no Brasil, têm uma entrada mais rápida no setor. 

Além das empresas do Banco do Brasil, que já entraram na nuvem pública, a Oracle tem clientes como Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), bem como TCEs e Ministérios.

*Luana Rosales participou do Oracle CloudWorld, em São Paulo, a convite da Oracle.

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